quarta-feira, 19 de novembro de 2008
TURENKO EXPÕE NO RESTAURANTE XADREZ
O artista plástico Turenko Beça inaugura exposição dia 22/11/2008, no Restaurante e Peixaria XADREZ, no Conjunto Aristocrático, rua A, 2382, no bairro da Chapada. A inauguração acontece a partir das 20 horas com direito a um delicioso coquetel ofertado pelo XADREZ, aliás, junto com a BMC TINTAS, patrocinadoras do artista.
Na exposição estarão peças em chapa de aço recortada, 12 inéditas e algumas da exposição Íctio, ocorrida na Galeria do Largo de São Sebastião. Há também a apresentação de uma animação de 5 minutos, realizada pelo artista Ederson Péres, a partir das obras de Turenko. A exposição permanecerá no restaurante pelo menos por três meses, algumas obras serão comercializadas.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
ADRIANA RAMALHO NA 28a. BIENAL DE SP
Super artista participa do projeto ANARCADEMIA, de sua professora da FAAP DORA LONGO BAHIA, junto Bruno Palazzo, Gabriel Zimbardi, Thiago Carvalho, Fellipe Gonzalez, Mauro Giarda, Amanda Mei, Ana Mazzei, Giorgia Mesquita, Marcos Kaiser, Fernando Quitério, Fernando Pirata, Alexandre Cardoso, Pedro di Pietro, Felipe Salem, Henrique César, Thiago Tebet, Gabriela Godoi, Carolina Caliento.
sábado, 1 de novembro de 2008
A AULA QUE FEZ A DIFERENÇA
Atendendo ao convite feito pela direção das Escolas Nilton Lins, o professor Turenko Beça ministrou uma aula que foi literalmente, uma verdadeira obra de arte.
Tudo ocorreu nesta quinta 30, na Sala Interativa de Alta Tecnologia, onde os alunos tiveram uma linda aula contando a história da arte no mundo.
Nesta aula foram repassados conceitos preciosos de percepção artística, além de um passeio virtual pela obra de grandes artistas mundiais.
O professor Turenko Beça, que detém um currículo invejável, empolgou os alunos com a sua clara explicação, culminando com uma ação prática utilizando nanquim.
Muito impressionou, quando foi exibida a obra de Ron Mueck, já que a beleza, realismo e tamanho das esculturas marcam o seu trabalho.
Segundo Fábio César, cada professor tem características diferenciadas no exercício de seu ofício. Mas se há algo que contamina os alunos é ver na figura do mestre o prazer e o gosto pelo que faz. Quando o prazer deixa de existir, a batalha está perdida. Não há teoria ou técnica que dê conta.
E para que o gosto seja maior, nada como o humor e a leveza para lidar com alguns assuntos, qualidades estas que o professor Beça tem de sobra.
Obrigado professor.
sábado, 18 de outubro de 2008
SUCESSO DO PROJETO PICAPES!!!
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
TRÊS MULHERES MARAVILHOSAS EXPÕE NO CAUA!!!
Priscila Pinto, Monik Ventilari e Turenko Beça
Priscila Pinto, Naia arruda e Monik Ventilari, inauguraram exposição no CAUA, Centro de Artes Hanehman Bacellar, dia 01 de outubro de 2008 com coquetel para os convidados. A curadoria da exposição é de Cristóvão Coutinho. A exposição faz parte do projeto patrocinado pelo UNIBANCO, "Espaço Cultural Unibanco".
Crônicas do Ambiente traz a visão das artistas a respeito do seu cotidiano, da sua vivência e das coisas que influem na vida, na natureza e na relação homem-natureza, bem como a influência do homem, ou no caso, das mulheres na natureza e da natureza sobre elas.
Priscila Pinto apresenta imagens colhidas com carino em seu novo habitat; realiza uma instalaçào com materiais amazônicos colhidos no local e utiliza cores psicodélicas em suas fotografias.
Naia Arruda, com um trabalho fortíssimo, visceral,e que remete aos primórdios da Amazônia, às Amazonas, a discussão do mito; Da mulher; Da força da mulher!Uma performance chocante! Linda!
Monik Ventilari a cada trabalho, amadurece sua obra e direciona sua busca seu caminho. Arbore Urbanus, mostra a mão do homem; o urbanismo; a influência que a o "desenvolvimento" da URBE têm sobre a vegetação das cidades; os corpos contorcidos das árvores; o tratamento dado às imagens: cores distintas, distorções e efeitos digitais, conferem uma singularidade especial à sua obra.
Penso que esta é uma bela exposição, de um excelente projeto e que deve ser prestigiada, vista; Fruída.
Parabéns às artistas! Viva essa nova geração.
Turenko.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Visita ao Museu do Seringal Vila Paraíso
Ecomuseu do Seringal “Vila Paraíso” O Museu do Seringal Vila Paraíso é um expressivo projeto cultural e turístico que conduz os visitantes aos tempos áureos do Ciclo da Borracha, apresentando uma visão próxima da realidade de um seringal da época. Trata-se de uma locação produzida para o filme de longa-metragem “A Selva”, do diretor Leonel Vieira, com a adaptação do livro do escritor português Ferreira de Castro. Nele, o visitante tem a oportunidade de rever um passado histórico que marcou a sociedade e a economia da Amazônia no início do século XX, através de um roteiro onde se conhece o trapiche, o barracão de armazenamento das pelas de borracha, o casarão do seringalista, o barracão de aviamento, a capela de Nossa Senhora da Conceição, o banho das mulheres, a trilha das seringueiras, a casa do seringueiro, o tapiri de defumação, o cemitério cenográfico, a estrebaria, a casa da farinha e o barracão dos seringueiros.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
ALUNOS APLICADOS E SUAS OBRAS
PRODUÇÃO DA AU22 OFICINA DE DESENHO E PLÁSTICA
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
SUPER PAULO TRINDADE!
O projeto “Que carater uso hoje” foi um dos primeiros desafios enfrentados na busca por uma participação de uma exposição coletiva nacional. O Evento era a IV Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes, Parque do Ibirapuera - Fundação Bienal de São Paulo, em Fevereiro de 2005.
Pensar na difícil participação era evidente, pois outras Escolas de Artes do país tem forte atuação e estão atentas na cena artítica. O curso de licenciatura em Artes Plásticas oferecido pela UFAM está longe de ser um dos melhores por isso pedi infromações e apoio de outras pessoas. Orlane ajudou a montar o texto e Sergio Cardoso corrigiu possíveis erros de português. A noticia do sitio da une era positiva!!! Estava selecionado a participar da mostra Lina Bon Bardi!!
Nome: Que Caráter Uso Hoje?
Materiais: Cabide, Raios X, barbante e Cano de PVC.
Técnica Empregada: Objeto Tridimensional
Tamanho: 150cm X 150cm X 50cm
Ano: 2004
“Que Caráter Uso Hoje?” Vem abordar conceitos de singularidade, referente ao comportamento nas relações sociais, instigando uma análise reflexiva do processo de inserção social nas esferas fazendo uso de objetos produzidos em série, representações da forma humana com suas transparências e opacidade, objetos símbolo de equilíbrio, força da união estabelecendo o limite, um nível. Apresenta uma analogia conceitual na disposição dos cabides sob questões interrogativas do comportamento dentro do grupo social, de forma que o posicionamento do objeto “cabide” em um suporte estabeleça o nível comum, intencionando um julgamento dos padrões sociais estabelecidos, tentando referi-se aa uma escolha do modo comportamental para as soluções do cotidiano.
A obra intenta uma intimidade entre os objetos apresentados e o espectador, aludindo o convívio o particular do mesmo pela utilização do cabide onde notamos o dia-dia. A personalidade expressa uma ligação forte no ato de escolha do objeto pendurado. Neste trabalho há diversos raios-X propondo a exibição diversificada de formas, julgando assim ser adjetivos pessoais, diversidade, irregularidade, e com tendência de estabelecer sobre um mesmo patamar ao nível de primeira sensação, pondo em cheque o caráter de cada um nos desafios diários.
Contudo, pretendo propiciar identificação do espectador de sua briga por espaço dentro de qualquer grupo social, seja desde a família à mundial, com os objetos. E assim notar sua importância em participar na construção humanitária e no crescimento cultural e na difusão deste com grande impacto futuro.
Paulo H. Trindade.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
ECONOMIA DA CULTURA
Pesquisador da economia da cultura, Luiz Carlos Prestes Filho
“Não há uma política estratégica do ponto de vista econômico voltada para a cultura”
Pesquisador e professor de Economia da Cultura, Luiz Carlos Prestes Filho critica, nesta entrevista, o fato de não existirem políticas públicas de valorização da cultura como uma atividade econômica importante para o país. Além disso, aborda questões como o combate à pirataria e a defesa da propriedade intelectual. Junto a uma equipe de cinco pesquisadores, realizou o estudo “A Cadeia Produtiva da Economia da Música”, lançado este ano, e que enfatiza a importância da atividade para a economia. Uma pesquisa de 2001 mostra que, apenas no Estado do Rio de Janeiro, a cultura representava 3,8% do PIB, ou o equivalente a R$ 5,2 bilhões.
Equipe Editorial: Por quais razões a cultura brasileira, tão identificada por sua diversidade, não se torna mais eminente?
Luiz Carlos Prestes Filho: Quando foi promovido pelo IBGE o censo no ano 2000, todos os ministérios foram convocados para participar da reformulação do Catálogo Nacional das Atividades Econômicas (Concla). Entretanto, não há nada no Concla referente há área de cultura. É um material antigo, que foi formulado com uma visão de um Brasil dos anos 60, ou seja, fala de um país diferente, não envolve algumas atividades do setor de serviços. Como, na época, o ministério não participou deste debate, a cultura não é considerada atividade econômica no país. Em conseqüência, não há uma política estratégica do ponto de vista econômico no plano plurianual voltada para a cultura. E é este plano que define as necessidades de consumo da população. É preciso do planejamento governamental para que se chegue a algum lugar. Como a cultura não é planejada, as redes de televisão têm que completar suas grades de programação com filmes estrangeiros, por exemplo.
Equipe Editorial: O que pode ser compreendido como Economia da Cultura?
Luiz Carlos Prestes Filho: Quando falamos de economia da cultura falamos dos setores de imagem, que envolve televisão aberta, por assinatura e cinema, a indústria do som, com rádio, fonogramas musicais, venda de CDs, e os provedores de Internet e a indústria de espetáculos. São os subprodutos destas ações que movimentam a economia. Atrás de um evento, por exemplo, estão as pessoas, que se hospedam nos hotéis da cidade, consomem nos restaurantes locais e acabam trazendo recursos para a região na qual está acontecendo a ação. É preciso citar neste quadro, também, a indústria do texto, englobando as gráficas, jornais e revistas.
Equipe Editorial: Como você percebe a atual situação da indústria da cultura no país?
Luiz Carlos Prestes Filho: Nós temos uma defasagem tecnológica no Brasil. Tivemos uma introdução tardia dos sistemas de som em CD e temos uma expansão muito lenta da internet. O que é necessário, hoje, é ter planejamento para amenizar o sofrimento daqueles que produzem fonogramas musicais no Brasil. O futuro da música passa pela liberdade de circulação desse conteúdo e regras precisam ser estabelecidas para determinar a forma como ele será difundido em outros meios além dos CDs. É o caso dos telefones celulares, fixo e das músicas que circulam pela Internet. Estamos em um momento de repensar as ações, não de crise. Temos, atualmente, 80% do mercado de música do mundo ainda nas mãos de quatro grandes companhias. Com certeza, as empresas deste setor vão buscar alternativas, como a cooperação com o segmento de propriedade intelectual e de novas tecnologias para proteger os materiais e seus direitos.
Equipe Editorial: O que é preciso fazer para superar grandes entraves da indústria da cultura no Brasil que são a pirataria e o mercado negro?
Luiz Carlos Prestes Filho: O combate á pirataria é uma atividade fundamental do nosso país. Cem por cento dos livros que são publicados são fotocopiados por todo o Brasil. Assim, não há como um editor de livros sobreviver. Temos que pensar e promover questionamentos para combater as estruturas ilegais que produzem essas cópias. Outro mercado que merece cuidado e que está se desenvolvendo é o de DVDs. É preciso pensar nesse mal que a pirataria representa. Não apenas o mal que está nos ombros dos empresários do setor musical. Mas ela já está destruindo e impossibilitando o crescimento da nossa indústria de livros, DVDs e a circulação de bens culturais afins.
Equipe Editorial: Durante sua gestão como superintendente de Economia da Cultura da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, foi criada uma comissão de defesa da propriedade intelectual. Como o trabalho é desenvolvido?
Luiz Carlos Prestes Filho: A Comissão Estadual de Defesa da Propriedade Intelectual (Codepin) reúne 28 entidades e foi criada em 2004. O Governo do Estado do Rio de Janeiro criou a Codepin visando ser uma ferramenta contra a pirataria e em defesa da propriedade intelectual. A Comissão atua para unir as instituições que estão enfrentando esse problema, criando um ambiente e uma agenda pró-ativa para resolver as dificuldades enfrentadas em relação ao tema propriedade intelectual. Mais importante que a fabricação de um produto é a sua patente industrial. A política cultural só existe quando, por trás de cada produto, existe o direito do autor.
Entrevista realizada com exclusividade pela equipe editorial da Enfato Comunicação Empresarial para o portal do Movimento Brasil Competitivo (MBC
Jornalista responsável: Raquel Boechat
Apoio de redação: Eduardo Leonardi
Março/2005
Enfato Comunicação Empresarial
(51) 3333.7832/ 3333.9912
enfato@enfato.com.br
http://www.enfato.com.br
“Não há uma política estratégica do ponto de vista econômico voltada para a cultura”
Pesquisador e professor de Economia da Cultura, Luiz Carlos Prestes Filho critica, nesta entrevista, o fato de não existirem políticas públicas de valorização da cultura como uma atividade econômica importante para o país. Além disso, aborda questões como o combate à pirataria e a defesa da propriedade intelectual. Junto a uma equipe de cinco pesquisadores, realizou o estudo “A Cadeia Produtiva da Economia da Música”, lançado este ano, e que enfatiza a importância da atividade para a economia. Uma pesquisa de 2001 mostra que, apenas no Estado do Rio de Janeiro, a cultura representava 3,8% do PIB, ou o equivalente a R$ 5,2 bilhões.
Equipe Editorial: Por quais razões a cultura brasileira, tão identificada por sua diversidade, não se torna mais eminente?
Luiz Carlos Prestes Filho: Quando foi promovido pelo IBGE o censo no ano 2000, todos os ministérios foram convocados para participar da reformulação do Catálogo Nacional das Atividades Econômicas (Concla). Entretanto, não há nada no Concla referente há área de cultura. É um material antigo, que foi formulado com uma visão de um Brasil dos anos 60, ou seja, fala de um país diferente, não envolve algumas atividades do setor de serviços. Como, na época, o ministério não participou deste debate, a cultura não é considerada atividade econômica no país. Em conseqüência, não há uma política estratégica do ponto de vista econômico no plano plurianual voltada para a cultura. E é este plano que define as necessidades de consumo da população. É preciso do planejamento governamental para que se chegue a algum lugar. Como a cultura não é planejada, as redes de televisão têm que completar suas grades de programação com filmes estrangeiros, por exemplo.
Equipe Editorial: O que pode ser compreendido como Economia da Cultura?
Luiz Carlos Prestes Filho: Quando falamos de economia da cultura falamos dos setores de imagem, que envolve televisão aberta, por assinatura e cinema, a indústria do som, com rádio, fonogramas musicais, venda de CDs, e os provedores de Internet e a indústria de espetáculos. São os subprodutos destas ações que movimentam a economia. Atrás de um evento, por exemplo, estão as pessoas, que se hospedam nos hotéis da cidade, consomem nos restaurantes locais e acabam trazendo recursos para a região na qual está acontecendo a ação. É preciso citar neste quadro, também, a indústria do texto, englobando as gráficas, jornais e revistas.
Equipe Editorial: Como você percebe a atual situação da indústria da cultura no país?
Luiz Carlos Prestes Filho: Nós temos uma defasagem tecnológica no Brasil. Tivemos uma introdução tardia dos sistemas de som em CD e temos uma expansão muito lenta da internet. O que é necessário, hoje, é ter planejamento para amenizar o sofrimento daqueles que produzem fonogramas musicais no Brasil. O futuro da música passa pela liberdade de circulação desse conteúdo e regras precisam ser estabelecidas para determinar a forma como ele será difundido em outros meios além dos CDs. É o caso dos telefones celulares, fixo e das músicas que circulam pela Internet. Estamos em um momento de repensar as ações, não de crise. Temos, atualmente, 80% do mercado de música do mundo ainda nas mãos de quatro grandes companhias. Com certeza, as empresas deste setor vão buscar alternativas, como a cooperação com o segmento de propriedade intelectual e de novas tecnologias para proteger os materiais e seus direitos.
Equipe Editorial: O que é preciso fazer para superar grandes entraves da indústria da cultura no Brasil que são a pirataria e o mercado negro?
Luiz Carlos Prestes Filho: O combate á pirataria é uma atividade fundamental do nosso país. Cem por cento dos livros que são publicados são fotocopiados por todo o Brasil. Assim, não há como um editor de livros sobreviver. Temos que pensar e promover questionamentos para combater as estruturas ilegais que produzem essas cópias. Outro mercado que merece cuidado e que está se desenvolvendo é o de DVDs. É preciso pensar nesse mal que a pirataria representa. Não apenas o mal que está nos ombros dos empresários do setor musical. Mas ela já está destruindo e impossibilitando o crescimento da nossa indústria de livros, DVDs e a circulação de bens culturais afins.
Equipe Editorial: Durante sua gestão como superintendente de Economia da Cultura da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, foi criada uma comissão de defesa da propriedade intelectual. Como o trabalho é desenvolvido?
Luiz Carlos Prestes Filho: A Comissão Estadual de Defesa da Propriedade Intelectual (Codepin) reúne 28 entidades e foi criada em 2004. O Governo do Estado do Rio de Janeiro criou a Codepin visando ser uma ferramenta contra a pirataria e em defesa da propriedade intelectual. A Comissão atua para unir as instituições que estão enfrentando esse problema, criando um ambiente e uma agenda pró-ativa para resolver as dificuldades enfrentadas em relação ao tema propriedade intelectual. Mais importante que a fabricação de um produto é a sua patente industrial. A política cultural só existe quando, por trás de cada produto, existe o direito do autor.
Entrevista realizada com exclusividade pela equipe editorial da Enfato Comunicação Empresarial para o portal do Movimento Brasil Competitivo (MBC
Jornalista responsável: Raquel Boechat
Apoio de redação: Eduardo Leonardi
Março/2005
Enfato Comunicação Empresarial
(51) 3333.7832/ 3333.9912
enfato@enfato.com.br
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
A ARTE DE OTONI MESQUITA
Nasceu no município de Autazes (AM) em 1953. Desde cedo começou a desenhar. Graduou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM e em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Participou de cursos de artes plásticas na Pinacoteca do Estado do Amazonas com os artistas Manoel Borges e Van Pereira, em 1975, e freqüentou cursos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Expôs em várias exposições coletivas e individuais: II Salão Aberto de Arte no Atlético Rio Negro Clube (Manaus, 1977); II Salão Universitário de Artes Plásticas no Teatro Amazonas (Manaus, 1979); "Nostalgia" no Teatro Amazonas (Manaus, 1983); "Gravadores do Amazonas " na Galeria Afrânio de Castro (Manaus, 1984); "Aquarelas " na Galeria Afrânio de Castro (Manaus, 1985); e participou de concursos como o da Fundação Nacional de Artes - FUNARTE, no qual conquistou o 3º Lugar.
Além de pintar e desenhar, Otoni escreve, e já ganhou um concurso de contos promovido pelo Serviço Social do Comércio - SESC, outras vezes, costuma colaborar com jornais locais, um de seus trabalhos de maior sucesso, por exemplo, foi à ilustração do livro "Água Barrenta" , de Plínio Valério. Não segue nenhuma escola ou linha específica, trabalha com a espontaneidade. Seus trabalhos são voltados para as temáticas sociais e ecológicas.
" Já nem me lembro quando foi que fiz o meu primeiro desenho, pois faço isso desde criança, fica difícil lembrar. Despertei muito cedo para as artes. Eu usava a arte para me distanciar das pessoas, era mais uma fuga, a minha vida se reduzia àqueles desenhos e eu sentia pejo em mostrá-los. Em 75 eu fiz o curso da Pinacoteca (...), de forma que aprendi a dar valor aos meus desenhos, fiquei mais consciente do que estava fazendo. Cheguei até a participar de uma coletiva. " Otoni Mesquita
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
SALVE O MESTRE JAIR JACMONT!
O pintor e artista plástico manauense Jair Jacqmont é sem dúvida, um dos principais representantes das artes plásticas do Amazonas. Traz em seu currículo alguns prêmios e o fato de haver participado da exposição: COMO VAI VOCÊ GERAÇÃO 80, no Rio de Janeiro. Geralmente executa suas telas em acrílico, baseadas em cenários urbanos, lúdicos e paisagísticos da Amazônia, interpretando a visão abstrata sobre eles. Dentre as obras da exposição, encontram-se pinturas de grande formato, que encantam e impressionam por causa da temática expressionista de Jacqmont, que ainda mistura elementos cubistas e neo-expressionistas aos seus trabalhos. “Para mim estas telas remontam a minha percepção a respeito da minha cidade. É o ângulo com que vejo estes cenários, representados através da cor e da forma”, diz o artista.
LUCIEN FREUD
A Tate Gallery, de Londres, apresentou aquela que foi a grande exposição do século.
Trata-se da obra de Lucien Freud (1922), neto de Sigmund e que, à semelhança do avô é um topógrafo do esgoto humano que brota das sarjetas como cogumelos depois das chuvas. É o grande retratista pós-moderno da "canalha das ruas", atualmente o mais expressivo pintor da figura humana, herdeiro da tradição iconoclasta do Renascimento. Aqui, tenho focalizado os mestres da figura humana e sua essência: o corpo nu, despojado, solitário, do nascimento à morte - de Da Vinci a Modigliani, de Michelangelo a Freud.Talvez por ter sido sempre um figurativo, um realista, num mundo que até há pouco só valorizava o abstrato, Lucien foi desprezado por décadas. Insultado e ignorado. Mas agora venceu. Seu extremo realismo atrai e enoja. Agrada e repule. Intriga e incomoda.Exilado da Alemanha em 1933 por causa no nazismo, o trauma das guerras marcou sua obra, tendo ele afirmado que a ruína era a essência de sua pintura: a decadência do corpo humano. Por trás de modelos definidos perpassa algo invisivelmente repulsivo. Seus volumes são esculturas fofas, gordas, mumificadas pela obesidade. Não apenas pessoas, mas interpretações de pessoas. São "personas", pois ele vê além dos modelos. Basta dizer que um de seus bustos da rainha Elizabeth foi considerado agressão de lesa-majestade. Lucien Freud na pintura, como seu avô na psicologia, tentou desenvolver a humanidade à realidade ordinária.Cuspiu na cara da aristocracia. Agora é por ela reverenciado...
O escritor e jornalista Paulo Ramos Derengoski segue com a série que criou para Caros Amigos, de rápidos perfis dos grandes artistas plásticos que pintaram o povo
Eram os Deuses Astronautas?
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
ARNALDO GARCEZ EXPÕE NO AÇAÍ! CAXANGA REAL!!!!
Garcez apresenta telas inéditas em exposição no Açaí&Cia
27 de agosto de 2008.
MANAUS - O artista plástico Arnaldo Garcez apresenta uma nova coleção de telas em Manaus, com a exposição "Tempo Singular", realizada no restaurante Açaí & Cia. Para abrir a vernissage, A abertura ocorreu na noite desta quarta-feira (27), ao som de jazz e bossa nova.
Desta vez o artista traz 14 obras inéditas, com telas em acrílico de 1 m x 0,80 cm, no estilo que ele próprio define como Expressionismo Amazônico. As cores vivas e uma série de figuras femininas com características regionais destacam-se nesse seu novo trabalho.
O artista amazonense, que atualmente vive no Rio de Janeiro, diz que faz questão de expor regularmente em Manaus, para manter contato com suas origens e buscar elementos de pesquisa para o seu trabalho.
Em dezembro, Garcez retorna aos Estados Unidos, onde passou os primeiros quatro meses do ano. Sua obra será exposta no Museu das Américas, em Miami e, depois, em Nova York, integrando o Brazilian Group no Salão de Arte New York Expo 2009, sob a curadoria de Sheyla Athayde.
O trabalho de Arnaldo Garcez tem ganhado projeção ao compor o cenário de diversas novelas da TV Globo. Atualmente, alguns de seus quadros podem ser vistos na mansão de Olavo, interpretado por Reginaldo Faria, em Beleza Pura.
Para assistir a vídeos com notícias e informações sobre a Amazônia, acesse www.portalamazonia.com/videosdaamazonia. Faça o seu cadastro e assista grátis.
Fonte: Portal Amazônia - RC
quinta-feira, 17 de abril de 2008
MULTIPLICAÇÃO PROFANA
Profana Multiplicação dos Peixes
Rompendo o mito do eldorado brasileiro, Djalma Batista nos anos 60, já nos evidenciava a carência alimentar nas sociedades amazônicas e defendia a conserva do peixe como “prato de resistência” nos momentos de crises. O valor do peixe animal na Amazônia, não está só relacionado à sua importância enquanto alimento ou representação divina, mas também com seu valor em perpetuar-se (existe em abundância e pode ser conservado).
A exposição “ÍCTIO” de Turenko Beça resgata a importância do peixe em nossa região, reivindicando um olhar crítico em torno aos valores das populações amazônicas. Parte integrante dessa comunidade e conhecedor da mesma, o artista representa compulsivamente esse animal. E como um pescador que busca a melhor técnica para capturar o peixe, o artista dança entre diferentes técnicas artísticas para plasmá-lo. Em “ÍCTIO”, o peixe é conserva, é recorte, é acrílico, é grafite e é luz.
Ao contrário da evolução cronológica das vanguardas artísticas, Turenko Beça dá início a seu trabalho com uma abordagem conceitual do objeto para transformá-lo em objeto figurativo de modo quase literal. Depois de instigar o observador a questionar o peixe enquanto alimento, o artista transcende o objeto do plano real, transformando-o em múltiplas representações, como uma solução para o discurso proposto.
Já não existe mais necessidade da conserva na Amazônia, o peixe foi multiplicado!
Lilian Fraiji
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A Técnica do AFRESCO
Afresco é uma técnica de pintura que deve o nome ao fato de que precisava ser realizada nas paredes ou tetos (preferencialmente de nata de cal, gesso ou outro material apropriado) enquanto o esboço ainda estava úmido (ou fresco). Na sua utilização, as tintas ou pigmentos em geral devem ser granulados, reduzidos ao pó e depois misturados à água. Dessa forma, as cores podem penetrar nas superfícies úmidas como parte integrantes delas. Por ter ótima durabilidade em países onde o clima é seco, foi particularmente aplicada nesses lugares, como o norte da Europa e a Itália (com exceção de Veneza). O fato dos afrescos secarem rapidamente, obrigava o pintor a vencer o tempo de secagem, ser ainda mais rápido, ter traços firmes e propósito claro. Outro fator limitante era a enorme dificuldade de se realizar correções posteriores. Provavelmente utilizada desde a antiguidade, especula-se que eram afrescos as paredes pintadas na ilha de Creta antiga (principalmente no período de 2.500 a.c a 1100 a.c) ou na antiga Grécia. É encontrado ainda fora da Europa, nas pinturas chineses e hindus.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Saudades do Buy e da Helen: agitando em Florianópolis!!
helen pintada por Buy
"Buy Chaves é autodidata, catarinense, mora a 30 anos em Manaus. Possui um histórico com mais de 100 exposições no Brasil, Europa e Estados Unidos. Observar as obras de Buy Chaves é como sentir o cheiro de mata úmida, a obra é presente, atual. Talvez pelo fato do artista ser adepto do ócio produtivo suas obras nascem após meses de solidão no meio da mata, onde o vizinho mais próximo fica a três horas do seu jardim. Jardim que em épocas de chuva fica coberto de água, povoado por peixes que passeiam sobre nossas cabeças, nadando em nuvens maciças de água e que vem naturalmente inundar as telas do artista.
"Helen Rossy não era pintora. Tornou-se num rompante de amor.Com sua arte foi por nós premiada no Salão Amazônia de Artes coordenado por Jair Jacqmont, e não sossegou mais. Cresceu. Evoluiu.Ela porém é mais do que artista plástica, é tropicalista invadindo o mundo das divindades, das boas terras de frutas, doces, cores, brincadeiras e usos que o homem amazônico mais continental faz no diário de sua vida. Volta para nós depois de algum tempo. E engrandece."
segunda-feira, 14 de abril de 2008
PORTAFÓLIO
Super exposição no CAUA - Centro de Artes da Universidade(Hanehman Bacellar), Rua Monsenhor Coutinho, esquina com a Tapajós.
Nova Geração de artistas plásticos que iniciam o caminho do desenvolvimento de uma Arte Contemporânea em Manaus.
Destaque para os trabalhos de NAIA(considero a artista mais madura do grupo, em todos aspectos:conceitual, plástico, de apresentação, proposta contemporânea), Sandro Marandureira, Socorro Morais, Cléia e Marcos Romano.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Grafitte na Galeria do Largo
sábado, 5 de abril de 2008
Sucesso na inauguração da Exposição
Foi muito bacana e intensa a inauguração da Exposição ÍCTIO, na Galeria do Largo de São Sebastião. O artista agradece a todos que foram e prestigiaram ao artista e ao evento. Com certeza tratou-se de uma experiência única e que proporcionou novas experiências estéticas ao celebrar a AMAZÔNIA a partir de novos suportes, materiais e novas tecnologias.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
ROBERTO EVANGELISTA: PURA MAGIA
Travessias e Dissoluç§es
Essa ë uma arte de exaustâo e vazios. A instalaçâo Ritos de Passagem de Roberto Evangelista reöne mil caixas de sapatos, dois mil sapatos gastos e cinco pedras de lioz retiradas de uma calçada da cidade de Manaus. As pedras, extraìdas do tecido urbano, sâo uma cr–nica do colonialismo. Porque levavam mais do que traziam, os navios de arribaçâo colonial chegariam vazios se nâo trouxessem pedras em seus por§es. Flutuariam sem lastro. Traziam pedras cortadas de Portugal, usadas para pavimentar as ruas das cidades amaz–nicas que se modernizavam no boom da borracha. Essas pedras tornavam-se uma 'correçâo' da natureza amaz–nica, regiâo desprovida de pedras duras. Cinco daquelas pedras foram desencravadas de sua imobilidade, na qual condensam sua histria de corpo que se molda e esculpe com passos em um sëculo de fricçâo entre calçado e calçada no movimento da rua. O paradoxo perverso ë que, feitos de borracha sintëtica, esses sapatos, que hoje consomem as pedras, tambëm funcionam como ìcones da queda da fastigiosa economia extrativista da borracha. O processo seria entâo uma alegoria da idëia ps-moderna de desapariçâo do eu.A pedra de cantaria introduz a noçâo de ausència (a idëia de uma falta na natureza) e de distanciamento - a pavimentaçâo da cidade moderna calçada ë modo de diferenciaçâo entre espaço natural e espaço urbano, espelho de diferenças entre cultura nativa e cultura ocidental demarcadas no processo de colonizaçâo. As pedras cortadas - natureza racionalizada - ocultam o fato de que a cultura tambëm se molda na relaçâo com o meio natural. Essas pedras-lastro apontam para as leis da fìsica como emblemas da necessidade de equilìbro na economia de trocas, onde caixas de sapato sâo peso morto ou peso nenhum. Deslocados, aqueles grupos de objetos (pedras, sapatos e caixas) produzem um estranhamento.Era sapato e agora ë lixo. Sapatos gastam pedras. As caixas exibem seu vazio como se estivessem localizadas num lugar entre esses dois pontos de dispersâo de energia por fricçâo. Sâo signos exaustos no consumo. Jž nâo mais seriam meio apto para a produçâo. Encontraram no uso o limite de esgotamento de sua funçâo como valor de troca. Ao comentar Mater Dolorosa (1976, um cubo de acrìlico transparente com restos carbonizados de žrvores sobre um quadrilžtero de areia branca), de Roberto Evangelista1, o escritor Mžrcio Souza fala de "ruìnas das culturas originžrias, assaltadas e massacradas; ruìnas das impossibilidades da civilizaçâo ocidental; ruìnas da natureza mal compreendida, uma paisagem de destroços"2. Nesse 'péntano da aculturaçâo' ocorre o duplo testemunho da constituiçâo do sujeito-criador, o artista da tradiçâo humanista-moderno, e da iminència de sua dissoluçâo antes que (ou sem que) a modernidade ocidental tenha imposto plenamente sua hegemonia na regiâo. Aqueles objetos incuos, extraìdos de sua utilidade cotidiana, sâo repotencializados como signos. Vè-se Ritos de Passagem como uma paisagem de ruìnas do consumo. A obra desoculta a öltima possibilidade de valor produtivo para esses signos no processo de circulaçâo simblica: articular uma voz coesiva num territrio de esquecimento.A calçada, como parte da rua, diz o artista, ë o lugar coletivo de um rito de travessia dižrio e constante. A vida flui como um rio, potente metžfora do tempo3. A instalaçâo poderia ser um anti-rio. Cada pedra seria a imobilidade registrando as vidas que por ela transitam. Esse ë o punctum no fluxo do tempo. O princìpio do tempo, instituìdo pelo sujeito, serž vivencial, dissolvendo a noçâo de manufatura e autoria. Na instalaçâo Mater Dolorosa in Memoriam II (da Criaçâo e Sobrevivència das Formas), de 1982, centenas de cuias flutuam num igarapë. Sâo organizadas dentro de certas formas. A obra ë decurso e consumaçâo do tempo. Trabalhando sob a orientaçâo de um pajë, Evangelista investiga o pensamento cosmog–nico e a resistència da forma natural, primeira e simblica. O artista busca uma medida essencial, "sem influència, sem estrangeiros e colonizadores", afirma.A obra de Roberto Evangelista politiza o olhar da Amaz–nia no horizonte da sobrevivència. Diante de uma natureza singular e de sua riqueza cultural, na problematizaçâo da Amaz–nia prevalecem abordagens fenomènicas (o grau zero da natureza na obra de Waltërcio Caldas) e polìtico-antropolgicas (a noçâo de voz do gueto para Cildo Meireles e paìs submerso de Emmanuel Nassar). Evangelista opera sobre a totalidade e o contìnuo de devastaç§es das queimadas, massacres de ìndios e de populaç§es caboclas, falència da cultura ocidental. No entanto, essa 'paisagem de destroços' nâo ë a cena da melancolia, jž que a posiçâo de Evangelista ë estabelecer uma fissura na histria como processo de abandono e agenciamento de recalques que (auto)vitima a Amaz–nia. Sua perspectiva fenomènica, sem idealizaç§es, ë impregnada desse inescapžvel pathos. Ns vivemos com drama e aprendemos com a tragëdia, diz o artista.1 Essa obra precede em dois anos o Manifesto do Rio Negro (1978) de Pierre Restany e Frans Krajcberg e estž adiante do processo internacional de discussâo da devastaçâo da Amaz–nia, que s se amplia depois da falència de grandes projetos agroindustriais de companhias multinacionais.2 "Um paìs esquecido dentro do paìs", in Visâo, 29 de maio de 1978.3 Como nos rios de cuias das instalaç§es Mater Dolorosa in Memoriam II (Sobre a Criaçâo e Sobrevivència das Formas) e Resgate (1992).
Conheça a Arte revolucionária de Hélio Oiticica
Corpo-cor em Hélio Oiticica
Viviane Matesco
Viviane Matesco
Em 1966, Hélio Oiticica apresentou um trabalho, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que explicita suas propostas de Antiarte e sintetiza seu percurso anterior: um jogo de bilhar. A parede vermelha, o verde da mesa e as camisas dos jogadores permitiam "vir à tona toda a plasticidade desse jogo único-plasticidade da própria ação-cor-ambiente: todos se divertem com o bilhar e imergem no ambiente criado".1 A proposta Sala de bilhar-nascida de uma observação de Mário Pedrosa aproximando as sensações causadas pelos Núcleos e Bólides ao impacto das cores da tela Café noturno de Van Gogh-enfatiza o aspecto do prazer no jogo e redefine a arte como uma atividade lúdica, aberta à interferência do público e ao imprevisível2.A produção de Oiticica, a partir dos Parangolés, é nitidamente marcada pela busca para integrar a arte na experiência cotidiana. É a recusa do amedrontamento perante um mito. A proposta da "Antiarte" consiste em sensibilizar o cotidiano por meio da repotencialização do "coeficiente" criativo do indivíduo. O artista torna-se agora o motivador da criação, que só se realiza com a participação do "ator/espectador". Ele reúne elementos e recursos diversos como cor, estrutura, música, dança, palavra e fotografia, no que define como "totalidade-obra". É por meio da experiência com a cor que Oiticica rejeita a dicotomia objeto/sujeito. Funda a obra na própria relação com o sujeito que, ao realizá-la, efetiva uma operação que o leva a si mesmo, a um autoconhecimento. Dos primeiros trabalhos concretos às propostas de Antiarte, a cor é um eixo condutor em sua trajetória, levando-o ao espaço real e a superar a distância entre arte e vida.Aluno de Ivan Serpa, Hélio liga-se inicialmente ao concretismo, vertente construtiva da arte que marcaria profundamente seus trabalhos iniciais. A tradição concretista postulava a redução da cor: ela se tornava apenas um elemento da dinâmica visual que, ao interagir com um outro, convertia-se num feixe ótico; subjugada à forma, não deveria demonstrar nenhuma referência pessoal que alterasse os jogos retinianos. Os guaches de Oiticica desse período, planos saturados de cor, constituem um estudo do vocabulário formal concretista, mas não apresentam a rigidez de suas formas seriadas. Uma relativa autonomia da cor, já prenunciada nesses primeiros guaches, afirma-se nos seus trabalhos subseqüentes. Os Metaesquemas (1957-58) indicam pelo próprio nome sua função: são esquemas compostos pela relação forma e fundo, que adquirem, pela cor, uma instabilidade gráfica. Em vez de uma estrutura hierarquizada do espaço pictórico, significam uma dinâmica que questiona a própria bidimensionalidade. A cor libera a forma do suporte, salta para o espaço, ganha o mundo.O aprofundamento da questão da cor, da luz, o desejo de explorar sua ação, sua potência lógica, levaram Oiticica fatalmente à ruptura do conceito tradicional de quadro. Nos Monocromáticos ou Invenções (1958-59), desaparece a diferença entre pintura e suporte, o plano torna-se elemento ativo. São placas quadradas (30cm de lado) que recebem várias camadas de tinta e deixam aparente essa superposição. São dispostas na parede de maneira inusitada, uma vez que não são centradas. A cor age, agora, duplamente: em relação a si mesma, como se fosse uma pulsação e em relação à parede. Os Monocromáticos anunciam, por meio de sua dinâmica estrutural, uma tendência ao espaço tridimensional e representam a transição da pintura na tela para a fase em que a cor, confundindo-se com a própria estrutura, passa a agir livremente no ambiente. A utilização da monocromia enfatiza e isola a cor em um momento único de ação. A luminosidade, a vibração de suas ondas, constitui a sua temporalidade. Daí a preferência por cores mais abertas à luz como branco, amarelo, laranja e vermelho. Sobre as cores-luz, escreve Oiticica: "à cor pigmentar, material e opaca em si, procuro dar o sentido da luz [. . .] é preciso separar as cores mais abertas à luz, como privilegiadas para essa experiência"3. Para se manifestar, a "cor-luz" necessita de uma forma material e assim determina sua própria estrutura. Essa concepção nasce junto com a idéia da cor: não há mais um suporte a ser pintado, a estrutura torna-se o "corpo da cor".Os Bilaterais e os Relevos espaciais (1959) são superfícies de madeira pintadas, suspensas por fios presos ao teto. "Não objetos"4, inserem-se na experiência de desintegração do quadro realizada pelo grupo neoconcreto e, mais especificamente, significam um processo paralelo àquele realizado por Lygia Clark na série dos Casulos. Os neoconcretos pretendiam realizar uma revisão crítica do construtivismo; partindo da convicção básica de que a obra de arte não é uma ilustração de conceitos apriorísticos, objetivam uma redução do pragmatismo concreto mediante o resgate da expressão e da subjetividade presentes em Malevitch e Mondrian. Deslocam o eixo das preocupações teóricas de Pierce para a filosofia de Merleau-Ponty e Suzane Langer. Buscam a percepção estética por meio de uma abordagem fenomenológica em que a relação envolve o corpo.Os Núcleos (1960-63) consolidam as principais questões levantadas pelos Bilaterais e Relevos espaciais; ampliam o problema da espacialização da cor e conceitos relativos à "estrura-cor" ativa. São placas de madeira pintadas, com dupla superfície, presas ao teto por um suporte de madeira. Nos primeiros Núcleos, não havia a possibilidade de movimentar as placas; aos poucos elas vão ficando mais soltas e incorporam o espaço exterior. A exploração é condição para o conhecimento desses trabalhos: para desvendá-los, o sujeito deve investigar suas potencialidades, suas várias facetas. A disposição das placas cria espaços virtuais, favorece a tensão entre luz e sombra, o jogo interior/exterior; elas são pintadas em tons muito próximos, cuja variação segue um ritmo elaborado. A respeito dessa estruturação, Oiticica afirma: "o desenvolvimento nuclear que procuro não é a tentativa de amenizar os contrastes, mas de movimentar virtualmente a cor, em sua estrutura mesma [. . .] É a volta ao núcleo da cor, que começa na procura da sua luminosidade intrínseca, virtual, interior, até o seu movimento mais estático para a duração".5 O movimento virtual da cor não significa somente fazer uso de suas relações físicas, mas a busca de uma dimensão de significação. A questão apresenta um aspecto duplo: há um sentido arquitetônico em que a estrutura incorpora o espaço. Aqui vale a relação da cor entre as placas e o espaço que as circunda. O outro aspecto relaciona-se à ação da cor em relação a si mesma, como uma espécie de movimento infinito de interiorização e expansão. O espaço construído pela vibração das ondas luminosas remete à noção de espaço contínuo desenvolvida por Malevitch6. A impregnação da cor introduz a noção de campo. Essa experiência estética funda a proposição do artista (obra) e pressupõe uma compreensão fenomenológica do tempo: ele é vivido, é duração, sugere uma abordagem subjetiva. O sujeito reconstitui o processo de produção do artista, "como concreção do próprio impulso interior de que a obra nasceu. O diálogo que se estabelece entre a obra e o público realiza-se no campo das vivências interiores, a obra fala à intimidade no homem e não apenas à sua exterioridade sensorial".7Nos Bilaterais, Relevos e Núcleos, a participação do espectador ocorre pela vivência visual da cor; eles representam um desenvolvimento das questões postas pelos Metaesquemas. A partir dos Penetráveis, Bólides e Parangolés, essa dimensão vai ser radicalizada pela manipulação, movimento e utilização do plurissensorial. Os Penetráveis (1960) inauguram o projeto das manifestações ambientais e sugerem uma integração da cor na experiência cotidiana do indivíduo. São construções em madeira em que se cumpre um percurso. Com placas móveis, permitem articulações diversas: cada recanto deve ser explorado e não há como apreender tudo simultaneamente. O indivíduo caminha sobre areia, água, pedra; toca objetos, escuta ruídos, recebe uma série de estímulos dirigidos aos sentidos. A estrutura-cor adquire literalmente um sentido arquitetônico e o espectador transforma-se no "descobridor da obra". Nos Bólides (1963), a proposta gira em torno da concentração da cor, ao contrário da explosão típica dos Núcleos. A cor se materializa, ganha um corpo, uma tatilidade. São recipientes de diversas modalidades: madeira, vidro, cimento, tecido, lata, plástico, bacias, sacos. Contêm materiais como areia, pedra, carvão, brita, conchinhas do mar e terra apresentados como cor em estado pigmentar. Dividem-se basicamente em dois tipos: o bólide-vidro e o bólide-caixa. O primeiro é uma peça de vidro transparente com massa-pigmento: sobressai o sentido de explorar, manipular. Há um sentido lúdico e uma descoberta intelectual, conseqüências do desvendamento das possibilidades da obra. Os bólides-caixa seriam "arquiteturas miniaturizadas", nas quais as cores, nem sempre vistas claramente, escondem-se e criam espaços através de reflexos. A mão experimenta o espaço; nas gavetas encontra terra ou pigmento puro, pode tocá-la, sentir a textura, o peso e o aroma. A percepção cromática desvencilha-se do monopólio visual, requer o corpo do indivíduo, instaura uma nova ordem: a fruição como proposta de arte.
ÍCTIO INAUGURA NA GALERIA DO LARGO DE SÃO SEBASTIÃO
terça-feira, 1 de abril de 2008
A Produção artística em Manaus
O blog Tudo é Arte? nasce com a missão de mostrar ao público em geral a produção artística e pedagógica realizada na cidade de Manaus.
Iniciamos apresentando a produção dos alunos do curso de Design de interiores da UNI NILTONLINS, da disciplina Oficina de Desenho e PlásticaII, ministrada pelo professor Anibal Turenko Beça.
Iniciamos apresentando a produção dos alunos do curso de Design de interiores da UNI NILTONLINS, da disciplina Oficina de Desenho e PlásticaII, ministrada pelo professor Anibal Turenko Beça.
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